A turma do 8º E da Martim de Freitas, de mochila e telemóveis a postos, calcorreou os trilhos da serra da Lousã, despertando as aldeias de xisto meio adormecidas.
Foi com muita animação e ao som do Abril, Abrilzinho que, no dia 16 de novembro, os alunos do 8º E partiram rumo à serra da Lousã, numa visita de estudo, no âmbito dos Domínios de Articulação Curricular (DAC), E depois de Abril … Liberdade para explorar.
Chegados à Lousã, organizados em grupos de quatro e seis alunos, à medida que exploravam a paisagem, puseram em prática várias atividades. Na aldeia do Chiqueiro exploraram o tiro ao alvo, tração e desembaraço de corda e a corrida de sacos.
Após o almoço ao ar livre, em harmonia com a natureza, os alunos, em percurso pedestre, foram à descoberta dos cantos e recantos do Talasnal, uma das aldeias de xisto mais atrativas da serra, com uma arquitetura tradicionalmente serrana, quase deserta, avistando-se um ou outro turista, apreciando o mel, as compotas, tudo produtos locais. Tiveram, ainda, oportunidade de contactar com o Zé Gaspar, guia de trilhos, que em entrevista afirmou “Tenho muita experiência e sinto-me muito satisfeito com este trabalho. Para mim, é uma das melhores profissões do mundo”.
Outras atividades tiveram aqui lugar, salientando-se uma pintura com pincel gigante, alusiva ao 25 de Abril, tema comum à comunidade escolar. Seguiu-se um momento de ligação com as tradições da gente serrana, a arte de fazer pão com os alunos a meteram a mão na massa num misto de curiosidade e boa disposição.
A visita à central hidroelétrica, a recolha de resíduos, o corte de acácias, espécie invasora, e a plantação de carvalhos incutiram na turma um sentimento de pertença ao meio envolvente. O castelo da Lousã, altaneiro, fez lembrar à turma que também estava a pisar uma paisagem com história.
O concurso de fotografia, ainda sem vencedor, encerrou esta visita marcada pela descoberta contínua da paisagem serrana e de algumas tradições que se perpetuam apesar da desertificação cada vez mais evidente das aldeias serranas.
|